Paciente estava com 22 chaves, 54 parafusos e 31 pedaços de gilete no estômago, todo esse material foi retirado do estomâgo do paciente Os médicos do Hospital Geral do Estado levaram um grande susto ontem. Eles tiveram que operar um paciente que foi encontrado com cerca de três quilos de metais no estômago. Para piorar, um ímã juntava os metais e impedia que eles fossem liberados normalmente pelo organismo.
Em entrevista exclusiva ao repórter Wescley Costa, do Fique Alerta, o cirurgião-geral do HGE, Luís Ferreira, contou que o paciente, Josué Ílton dos Santos, de 27 anos, vindo de São Miguel dos Campos, foi internado no Hospital Constância com diarréia. Depois dos exames, foi feita uma endoscopia, que descobriu uma grande quantidade de objetos metálicos no estômago dele.
Ontem mesmo o paciente se submeteu a uma cirurgia, que durou cerca de uma hora. "Encontramos 22 chaves, um miolo de relógio, pulseiras de relógio, oito moedas, 50 parafusos pequenos, quatro parafusos grande, pregos, molas de pregador de roupa, quatro fusíveis, duas agulhas de costura, 31 pedaços de gilete e um pedaço de ímã", contou o médico, ainda surpreso, acrescentando que também foram encontrados uma tesoura, botões, linha e outros objetos metálicos.
O paciente sofre de problemas psiquiátricos, com distúrbios de comportamento. O médico até chegou a perguntar há quanto tempo ele estava comendo metais, Josué Ílton disse que há quatro meses, mas o médico não acreditou muito na resposta.
"Nós recebemos aqui muitos casos de crianças que ingerem moedas. Fazemos radiografias e acompanhamos o caso até a eliminação delas. Mas, nesse caso, tinha um ímã prendendo os objetos, por isso decidimos fazer a cirurgia", explicou o cirurgião. O médico diz ainda que o paciente vai ficar em observação, no Hospital Constância, e vai ser acompanhado por um psiquiatra, até mesmo para impedir que ele volte a ingerir objetos metálicos. Também vai ser feita uma radiografia para saber se ficou algo no estômago. "Se ficou vai ser eliminado naturalmente", garantiu o médico.
Agora, o paciente já está conversando e passa bem. "A queixa dele agora é fome. Ele quer comer. Ninguém sabe se comida de verdade ou metal", brincou o médico.
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